Relato da mãe!

Pedi para a Deise com suas palavras descrever como foi o intercâmbio e assim ela fez, é um relato muito emocionante e não podia deixar de ser uma mãe muito feliz!

Na foto, eu, Deise e Meghan intercambista ao centro.

"Nos meses que antecederam a partida da Carol para os Estados Unidos, eu me envolvi totalmente com o intercâmbio da filha, assim me ocupei o suficiente para não pensar na partida, só que este dia era inevitável ele ia chegar e foi nele que a ficha caiu, dia 07 de agosto de 2009,  foi o dia que eu precisava deixar a minha filha viver a própria vida e doeu muito ficar longe dela.

Nos primeiros dias eu ficava lá em frente ao computador esperando alguma noticia, qualquer migalha me faria feliz. Cada vez que alguém perguntava como estava a Carol? lá vai a Deise chorar, não tive vergonha de me expor, pois, o que eu sentia era natural. No final de agosto chegou a Meghan, tive muitas dificuldades no inicio, porque eu queria suprir a falta da filha com a nova filha, que obviamente não estava acostumada com nossa cultura e a minha maneira de ser mãe, exageradamente carinhosa, então de verdade assustei a primeira filha de intercâmbio,  mas, foi bom para eu entender as diferenças. Em janeiro recebemos a Shaina e esta por mais estar adaptada a nossa cultura e pela facilidade no aprendizado da lingua portuguesa, foi um exemplo de intercambista, aí sim pude exercer melhor o que mais gosto de fazer: Ser mãe. E também aprendi a respeitar a diferença da cultura. Tivemos a oportunidade de hospedar a Ginger (adorável mãe da Shaina), a bela Elaina (irmã de 3 meses da Shaina) e o pai Jon (muito simpático). No meio do mês  de maio passou também em nossas vidas a filha 3, a  Deborah, neste caso fomos os pais por um breve tempo, mas cumprimos a etapa, e sei que ocupamos um espaço em seu coração. Neste período Carol já estava super adaptada aos costumes e cultura americana, muitos planos a concluir, ela estava radiante, e eu muito feliz, pois, minha filha estava lá, realizando um sonho e eu também, pois, quando eu decidi ser mãe, era justamente o que eu queria, a felicidade da minha filha.

Nos dias que antecederam o seu retorno, eu estava extremamente ansiosa, muito ansiosa, na noite anterior quase não dormimos, acordávamos várias vezes e quando olhávamos no relógio ainda faltava muito. Então estávamos lá em Guarulhos 07:30, e deste horário até a Carol chegar eu chorava cada vez que uma mãe abraçava a filha que chegava, tanto que quando Carol apareceu com todas aquelas malas (5),  eu não chorei mais, eu podia vê-la e abraçá-la, como é bom ter a filha de volta. Carolina voltou como eu imaginei: a mesma doçura e alegria com maturidade.

Também tudo conspirou para um intercâmbio perfeito, a família que ela viveu 345 dias foi para mim a melhor família, porque acolheu a nossa filha como filha deles, o Rotary de Waterloo que recebeu a Carol com muito carinho e cuidado que um intercambista necessita, a escola, os amigos e intercambistas, enfim tudo isto fez com que este ano de intercambio fosse além de um dos melhores anos das nossas vidas, foi um ano único, pois sei que esta foi uma experiência única e  podemos ser melhores a partir daí.

Mãe da intercambista Ana Carolina de Almeida."